quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Homofobia


A questão LGBT* não é simplesmente um debate sobre sexualidade. Na verdade, ser lésbica, gay, bissexual, travesti, transexual ou transgênero significa que, para cada aspecto da vida e dificuldades que todos passamos, @s LGBT*s se enfrentam com uma dificuldade a mais: a homofobia. O cotidiano d@s LGBT*s é marcado, em todos os lugares em que estejam, por diversas barreiras por serem o que são.

É comum encontrarmos pessoas que encaram a homossexualidade como um pecado, doença ou distúrbio mental. Todos os dias temos contato com discursos de ódio e intolerância, como os de Levy Fidélix, Jair Bolsonaro e Marco Feliciano. E na Universidade, infelizmente, temos que nos enfrentar com a homofobia diversas vezes. 

      A grande maioria, se não todo, o conteúdo da Educação está impregnado de homofobia. As instituições e profissionais de ensino não estão preparados para lidar com a questão, por ausência de políticas públicas específicas. Os livros didáticos e currículos reforçam a visão de que existe uma forma correta de se relacionar: a heterossexual. A história d@s LGBT*s é silenciada nos livros e a visão heteronormativa é reforçada, por exemplo, nas aulas de biologia sobre reprodução humana. Não há nenhum material específico que oriente os alunos, professores ou pais sobre a questão LGBT*. E o único que foi proposto foi vetado pela presidente Dilma em 2011.

Mesmo as supostas piadinhas “inofensivas” que reafirmam a idéia da inferioridade dos homossexuais são exemplos de homofobia. Há também as agressões verbais impregnadas no nosso vocabulário, como apelidos pejorativos. E quem sobrevive à homofobia tem que lidar cotidianamente com a situação de ser inferiorizado e discriminado.

"As agressões e assassinatos de LGBT*s seguem impunes e os agressores em liberdade. Em grande parte, este quadro se dá porque não há lei específica no Brasil que criminalize as práticas homofóbicas. Enquanto isso, só em 2012, de todos os assassinatos por homofobia que ocorreram no mundo, 44% foram no Brasil (dados do GGB – Grupo Gay da Bahia)."

Não precisamos de cura, precisamos de luta! Luta contra a homofobia em todos os espaços onde vivemos, no Movimento Estudantil, na Universidade e fora dela. Os avanços mais concretos que @s LGBT*s conquistaram foi quando o conjunto dos explorados e oprimidos se organizou. E é isso que nós, da Chapa Contra-Corrente defendemos!

Lutamos por maior preparo dos vigilantes da UEM para lidarem com a diversidade, pelo real direito ao uso do nome social, por uma educação não heteronormativa, por materiais didáticos que abordem as questões de orientação sexual e identidade de gênero e pela criminalização da homofobia.


Vem lutar com a gente!




Se os problemas são os mesmos, por que lutar separad@s?

 Somente com a LUTA conseguiremos vitórias.

Vem com a gente! Junt@s, mesmo nadando CONTRA-CORRENTE, venceremos!

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