terça-feira, 21 de outubro de 2014

RU - Resgate inicial: escolha do projeto e proposta das marmitas


       1) Escolha do projeto para reforma do RU:
A pauta histórica do Movimento Estudantil, ampliação do Restaurante Universitário (RU), que foi atendida durante a Ocupação da Reitoria Manuel Gutiérrez de 2011, foi alterada para uma reforma da cozinha pelo então reitor da UEM, Júlio Santiago, sob alegação de falta de recursos.

Mas será realmente que faltavam recursos? Sabemos que havia outras propostas de reforma do RU e que atenderia de forma mais satisfatória as necessidades do restaurante, sem privar @s Estudantes e Servidores da alimentação durante o período da reforma, contudo, a administração da UEM optou por um projeto mais barato e que demandou menos esforço nas negociações com o governo estadual.

A opção pelo projeto a ser executado partiu do então reitor, sem consultar os Conselhos Superiores . Fato evidenciado no Termo de Cooperação Técnico-Financeira que liberou recursos, R$ 1.135.000,00 (um milhão cento e trinta e cinco mil reais) para a obra, encaminhado ao Conselho depois de mais de um ano de ter sido celebrado, e depois também do começo das próprias obras; e, principalmente, sem ao menos perguntar a opinião d@s Estudantes.

Distante de classificar a conquista da pauta do RU como desnecessária, sempre sinalizamos como uma vitória do processo de mobilização, no entanto, a forma como foi conduzido todo o processo, fez com que esta conquista, se tornasse, de fato, um ataque à garantia de Assistência Estudantil. Ou seja, um ataque às condições de permanência d@s Estudantes da UEM.


2) A Mobilização d@s Estudantes e a proposta da administração da UEM na época:
Após forte mobilização, a administração da UEM, trouxe uma proposta rebaixada, sendo a licitação de 600 marmitas para Servidores e Estudantes que comprovassem situação de vulnerabilidade social. Seriam 600 marmitas de segunda à sexta-feira para o almoço e janta.

Porém, 3000 refeições, entre Estudantes e Servidores, almoços e jantas eram diariamente servidas no RU, para além de centenas de Estudantes e Servidores que contavam com o café da manhã conquistado. Tratava-se da conversão de uma conquista importante para a Universidade em um ataque da reitoria, que limitava as condições de permanência conquistadas pelo Movimento Estudantil.

O subsídio para o RU que era de R$ 800 mil via-se reduzido para R$ 500 mil ao ano. Após outra forte mobilização, organizada pel@s Estudantes, ainda na Gestão Movimente-se-UEM do DCE com os Centros Acadêmicos, os R$ 300 mil cortados fora devolvidos ao orçamento do RU.

Como se não houvesse problemas demais até aqui, surgiu, após, como geralmente ocorre, o pedido do Conselho de Administração (CAD), de parecer jurídico para a Procuradoria Jurídica (PJU) da UEM. A procuradoria jurídica expediu um parecer, no qual considerou o que queria e concluiu aquilo que a administração pediu: A Universidade não era obrigada a garantir a alimentação suplementar! A procuradoria jurídica é um órgão ligado a reitoria, ou seja, a reitoria fez uma proposta que a própria administração negou.

Os Centros Acadêmicos (CAs) a partir de dois Conselho Estudantil de Entidades de Base (CEEBs) elaboraram uma Carta, entregue ao Reitor e ao CAD, reclamando as reivindicações dos Estudantes. Nenhum dos pedidos foi atendido ou assegurado!

Durante essa manifestação, a situação ficou clara! A reitoria jogava a responsabilidade para o CAD, enquanto este devolvia para aquela. Nenhuma resposta!

Enquanto a Administração se esquivava, a situação para @s estudantes só piorava. As famílias começaram a sentir a diferença no orçamento, os restaurantes, notando a demanda, elevaram os preços e a alimentação dos que dependem do RU se viu (vê) prejudicada. A UEM tem atingido alarmantes índices de evasão, parte explicada pela ausência de Assistência Estudantil na Universidade.

@s estudantes sem nenhuma condição de permanência continuaram resistindo! 

Mas por quanto tempo?


Nos próximos textos sobre o RU, abordaremos:
(i) Irregularidade nas obras e o atraso do pagamento às construtoras por parte do governo estadual;
(ii) Mobilização d@s Estudantes em 2014. Onde estava o DCE: “Agora só falta você”?
(iii) Previsão de conclusão das obras;
 (iV) Corte no orçamento do RU para 2015. E @s Servidores do RU?




Se os problemas são os mesmos, por que lutar separad@s?

 Somente com a LUTA conseguiremos vitórias.

Vem com a gente! Junt@s, mesmo nadando CONTRA-CORRENTE, venceremos!

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