segunda-feira, 20 de outubro de 2014

A nossa luta é todo dia contra o machismo, o racismo e a homofobia!


A opressão se dá quando uma diferença é transformada em desigualdade para privilegiar um grupo. É dessa forma que a diferença entre homens e mulheres se tornou machismo, entre negr@s e branc@s, racismo e entre heterossexuais e homossexuais, homofobia.

Uma das principais estratégias dessa ideologia é naturalizar coisas que, na realidade, não tem nada de “naturais”, ao contrário, são construções históricas e sociais. A opressão já existe há muito tempo. Mas hoje, no nosso modo de organização capitalista, ela se intensifica: quanto mais se oprime, mais se explora.


        E tal ideologia oprime e violenta ainda mais as pessoas quando as opressões se “combinam”. Se uma mulher já sofre com o machismo, imagine uma mulher negra e/ou lésbica e/ou transexual? E se além disso ela for trabalhadora também será explorada. Por isso, defendemos uma luta contra as opressões que tenha uma compreensão classista e que não hierarquize uma opressão sobre a outra. A luta deve ser dos oprimidos e explorados juntos por uma sociedade mais justa!

            Existem hoje mitos de que o machismo, racismo e homofobia acabaram ou estão mais “leves”. Isso não é verdade. A cada dia vemos mais LGBTs sendo ridicularizados, estigmatizados e brutalmente assassinados, @s negr@s ainda têm bem menos acesso ao ensino superior que os brancos e ocupam empregos menos valorizados, e persiste a diferença salarial entre homens e mulheres para as mesmas funções, além de todos os anos milhares de mulheres morrerem ao fazerem abortos clandestinos, por não terem esse direito legalizado.

            A opressão está no nosso dia-a-dia e em todos os lugares. Dessa forma, o combate deve se dar do mesmo modo: em todos os lugares, todos os dias, em todos os momentos. Como ela é uma questão história e social, que envolve relações de poder, o combate a todas as opressões é necessariamente coletivo e organizado. E entendemos que deve ser organizado com protagonismo por aqueles que sofrem a opressão, mas em aliança com os interessados em acabar com essa situação.

            E como podemos travar essa luta na Universidade? Nós, estudantes, construímos instrumentos de luta coletiva e organizada cotidianamente, através, por exemplo, dos CAs, DCE e entidades nacionais. Todos esses instrumentos devem estar a serviço da luta d@s estudantes pelas suas reivindicações, na luta em defesa da Educação e no combate às opressões. A luta por mais verbas para a Educação pública é também a luta pela ampliação da assistência estudantil, que quando precarizada, afeta especialmente as mulheres, negr@s e LGBTs.

            Defendemos ainda que a luta contra as opressões deve se dar também dentro dos espaços do Movimento Estudantil. Não toleramos machismo, racismo e homofobia dentro de nossa chapa e nem nos espaços onde participamos, e se estes ocorrerem, faremos o combate intransigente a eles. Tais atitudes só fazem com que as pessoas se afastem e só servem para dividir nossas forças na luta.



Queremos lutar junto aos movimentos sociais, como o feminista, negro, LGBT, estudantil e de trabalhadores por uma Universidade e sociedade diferentes, livre do machismo, racismo, homofobia e da exploração.





Se os problemas são os mesmos, por que lutar separad@s?

 Somente com a LUTA conseguiremos vitórias.

Vem com a gente! Junt@s, mesmo nadando CONTRA-CORRENTE, venceremos!

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